Comissão de Cultura da ALMG visita as obras de recuperação da Igreja Matriz de Santo Antônio, em Glaura

Igreja foi tombada pelo IPHAN em 1962

 

A igreja Matriz de Santo Antônio, no distrito de Glaura, em Ouro Preto, está passando por obras. A primeira etapa foi iniciada em janeiro deste ano e deverá ser finalizada em setembro de 2019. O valor é de aproximadamente R$ 1,4 milhão. A comissão de Cultura da ALMG visitou o local para verificar o andamento das obras de drenagem do subsolo e de restauração da igreja. A recuperação é viabilizada através de termo de compromisso firmado entre o IPHAN ( Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a Vale; e é fruto de uma ação da Comissão de Cultura. O presidente da comissão, deputado Bosco, visitou a igreja pela primeira vez em outubro de 2017. "Ficamos comovidos com a união e fé da comunidade e, desde então, estivemos em contato permanente com o IPHAN, comunidade, prefeitura e não mediamos esforços para que pudéssemos preservar este patrimônio de Ouro Preto e também de Minas Gerais", afirmou. Estiveram presentes a deputada Ione Pinheiro, o prefeito de Ouro Preto, Júlio Ernesto, promotor de Justiça Titular da 4ª Vara da promotoria de Justiça de Ouro Preto, Domingos Ventura de Miranda Júnior. Superintendente do IPHAN em MG, Célia Corsino, o secretário municipal de Cultura e Patrimônio Histórico, Zaqueu Astoni,o chefe de gabinete - representando a presidente do IEPHA Michele Arroyo, padre Luiz Roberto de Souza e o presidente da Associação dos moradores do Distrito de Glaura, Eder Zacarias.

 

A conclusão de toda a restauração, no entanto, depende da liberação de R$ 3 milhões, já assegurados pelo governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas. O deputado Bosco (Avante), presidente da comissão, anunciou uma mobilização, inclusive com visita a Brasília, para garantir a verba.

 

Em andamento – Por ora, a igreja passa pela primeira fase de restauração, que compreende obras emergenciais, como a instalação de dutos de drenagem em todo o perímetro da construção; o rebaixamento do piso, com retirada das cerâmicas, também para conter umidade; a estabilização da estrutura e a troca do telhado, além da revisão de para-raios. Fendas e trincas também foram preenchidas.

 

Essa etapa foi iniciada em dezembro de 2018 e deve ser concluída no próximo mês de setembro, ao custo de R$ 1,44 milhão. Os recursos vieram de uma medida compensatória da mineradora Vale. Há, ainda, projetos complementares, como elétrico, luminotécnico e de incêndio, financiados pela prefeitura de Ouro Preto, conforme detalhou o chefe do escritório do Iphan no município, André Macieira.

 

Segundo ele, as obras em curso contaram, ainda, com monitoramento arqueológico, já que o local da igreja foi usado como cemitério, como é costume em algumas regiões do País. “Na próxima fase, vamos voltar com o piso de madeira, ventilado, faremos a pintura, a restauração dos elementos artísticos e o forro”, completou. Também será instalado sistema de controle de movimentação da estrutura.

 

Sobre a igreja

A Igreja Matriz de Santo Antônio, que teve sua construção iniciada por volta do ano de 1751, foi concluída em 1764. Em 1962, foi inventariada pelo Instituto do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com vistas ao seu tombamento. Trata-se de uma construção em pedra, com fachada enquadrada por duas torres quadrangulares e janelas sineiras. No interior, o piso é de tábuas corridas e a nave é separada do altar-mor por balaustrada de madeira preta.

 

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